Sejam bem vindos!

"Deixe a energia do som te levar
A vibe positiva solta pelo ar"
(
Alexandre Carlo - Natiruts Reggae Power)


Música

♪ Buffalo Soldier - Bob Marley

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Funk carioca



O funk carioca é um estilo musical oriundo do Brasil, mais precisamente do Rio de Janeiro. Apesar do nome, é diferente do funk originário dos Estados Unidos. Com o tempo, os DJs foram buscando novos ritmos de música negra, mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do Miami Bass e do Freestyle.
A partir da década de 1980, os bailes funks do Rio começaram a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas.
Ao longo da nacionalização do funk, os bailes - até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital - expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Com o tempo, o funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, as músicas tratavam o cotidiano dos freqüentadores: abordavam a violência e a pobreza das favelas.
Com o aumento do número de raps/melôs gravadas em português o funk carioca começa a década de 1990 formando a sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das comunidades, ou fazem exaltação a elas.
Em conseqüência, o ritmo fica cada vez mais popular e os bailes se multiplicam. Ao mesmo tempo o funk começou a ser alvo de ataques e preconceito havia uma constante ameaça de proibição dos bailes, o que acabou por causar uma "conscientização" maior, através de raps que freqüentemente pediam paz entre as galeras, como a música "Som de preto". Em meio a isso surgiu uma nova vertente do funk carioca, o funk melody, com músicas mais melódicas e com temas mais românticos, seguindo mais fielmente a linha musical do freestyle americano
Paralelo a isso, outra corrente do funk ganhava espaço junto às populações carentes: o "proibidão". Normalmente com temas vinculados ao tráfico, os raps eram muitas vezes exaltações a grupos criminosos locais e provocações a grupos rivais.
O funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com um rap americano e integrou-se um pouco mais às classes cariocas. Seu ritmo hipnótico e sua batida repetitiva denominada "pancadão" ou "tamborzão" também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, fazendo com que o estilo chegasse a movimentar cerca de R$ 10 milhões por mês no Estado do Rio, entre os anos de 2007 e 2008. Algumas letras eróticas e de duplo sentido normalmente desvalorizando o gênero feminino também revelam uma não originalidade em copiar de outros estilos musicais populares no Brasil como o Axé music e o forró.
Críticas
Apesar do crescimento do funk no país, as músicas tendem a ser substituídas rapidamente por outras. As músicas mais famosas fazem sucesso, são executadas à exaustão, porém rapidamente perdem força e caem no esquecimento.
O funk carioca é geralmente criticado por ser pobre em criatividade, por muitas vezes apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras obscenas, com apologia ao crime, drogas e tráfico, e à sexualidade exarcebada, para fazer sucesso.
Grande parte das críticas vem também da associação do ritmo ao tráfico, pois bailes funk são costumeiramente realizados por traficantes, para atrair consumidores de drogas aos morros.
Outro problema relatado do funk é o volume no qual costuma ser executado: bailes funk quase sempre não respeitam qualquer limite de decibéis, o que configura outra transgressão à lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita! Deixe um comentário dizendo o que achou do nosso blog. Volte sempre!